Desafios para reconstruir o Brasil após vitória de Lula e da democracia
A eleição de Lula para presidente, em 30 de outubro, foi o primeiro triunfo da democracia, ameaçada pela extrema direita a todo momento. Nessa vitória se destacou a força dos baianos e dos nordestinos. Na Bahia, ele teve mais de 3 milhões de votos de frente, com 72,11% da votação. No Nordeste, sua vantagem variou entre 62% e mais de 70%, sendo essencial para fazer frente aos resultados apertados das regiões Sul e Sudeste.
Sua eleição resgata a esperança em um novo rumo para o País. Lula mostrou que é um político capaz de superar dificuldades e dar a volta por cima, como o povo brasileiro faz. A partir de 1º de Janeiro, uma nova história começa a ser escrita.
E os desafios serão grandes, pois foi eleito um Congresso conservador. Lula vai precisar de muita mobilização dos movimentos sociais e dos trabalhaodres para o Brasil retomar o crescimento econômico, combater a fome e gerar empregos, essenciais para consolidar a democracia em sua essência.
CAMINHOS TRAÇADOS
Segundo Renato Ezequiel, presidente do Sindicato, Lula já aponta caminhos importantes. “Retomar a valorização do salário mínimo puxa a valorização dos demais salários nas campanhas salariais. É importante combater à fome com a manutenção dos R$ 600,00 do Bolsa Família. E resgatar as políticas sociais que foram destruídas, além da parceria com goveradores e prefeitos para definir grandes obras nos estados, que geram milhões de empregos”, pontua
Para o dirigente, implementar essas mudanças exigirá muita unidade dos trabalhadores e da população. “Estaremos mobilizando a categoria para lutar com as centrais sindicais para respaldar as boas medidas que o presidente eleito quer implantar. Especialmente as que interessam à classe trabalhadora, como resgate e ampliação de direitos”, defende.
De acordo com Renato, será um governo de disputa. “Ainda maior que no seu primeiro mandato (em 2002), com muita gente tentando impedir a execução do projeto de reconstrução. Temos que ajudar Lula a garantir as mudanças”, afirma.