Comerciárias celebram o 25 de julho exigindo respeito, no comércio e na sociedade
Comerciárias celebram o 25 de julho exigindo respeito no comércio e na sociedade
Por Cherry Almeida*
No 25 de julho, celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, líder do Quilombo do Quariterê, na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. O Julho das Pretas é para nos inspirar a seguir lutando por uma sociedade mais justa, igualitária, sem violência e opressão contra as mulheres, especialmente as negras.
Vamos homenagear a luta dessas mulheres por uma vida mais digna. Tivemos vários avanços políticos com a luta dos movimentos feministas e das trabalhadoras, além dos governos de Lula e Dilma. Mesmo assim, as mulheres negras ainda enfrentam diversos desafios. É importante lembrar: se as mulheres, no geral, sofrem com crimes diversos e com os piores índices sociais e econômicos, para as mulheres negras a situação é ainda pior.
Após 136 anos da abolição da escravidão, ainda vemos muitos indícios de uma sociedade racista que inferioriza, principalmente, as mulheres negras, que sofrem o duplo preconceito, de gênero e de raça. Por isso, precisamos lutar para mudar essa realidade.
Na política, é importante aumentar a representação das mulheres negras nos Parlamentos, no Judiciário e no Ministério Público. No mundo do trabalho, é essencial termos mais negras nos postos de liderança de grandes e médias empresas e em todos os espaços da sociedade. É importante combater os assédios moral e sexual nos locais de trabalho. Temos que garantir o cumprimento da lei sobre a igualdade salarial entre homens e mulheres.
As comerciárias vão seguir lutando, junto com o sindicato e os movimentos sociais, por políticas públicas e por ampliação de direitos para as mulheres. Queremos respeito às mulheres negras, no comércio e em toda a sociedade. Viva o 25 de julho!
*Diretora de Gênero, Raça, Juventude e Etnia do Sindicato