Sindicato reivindica presença no comitê de crise da pandemia

Na luta pela vida e pela economia, o Sindicato dos Comerciários quer participar das discussões com governo, prefeitura e Fecomércio no comitê de crise criado para debater e tomar decisões sobre medidas de combate à pandemia e o funcionamento das atividades comerciais em Salvador.

O Sindicato dos Comerciários considera importante a medida, mas entende ser necessário ouvir a representação de 100 mil comerciários e comerciárias na capital. “Seguramente, todas as partes envolvidas propiciarão decisões mais coletivas e melhor respaldadas. No comitê, podemos levar o sentimento e ideias da categoria para ajudar a construir saídas boas para o comércio, os trabalhadores, a sociedade e a economia”, afirma o presidente do Sindicato, Renato Ezequiel, que encaminhou ofício para a Fecomércio, a Prefeitura e o Governo.

O sindicalista afirma que a entidade e a categoria apoiam as medidas tomadas pelo governo estadual e a prefeitura, revelando preocupação com a vida dos trabalhadores e da população. “São medidas difíceis, duras e necessárias no momento, mas de forte impacto na atividade comercial, na vida das empresas e dos trabalhadores, e no futuro de milhares de empregos”, destaca.

Segundo Ezequiel, é preciso evoluir para achar o equilíbrio entre proteger a população do coronavírus e ajudar as atividades econômicas. “O maior responsável pelo problema é o governo federal, que minimizou a doença e atrasou a compra das vacinas. Além disso, não coordenou a luta nacional de combate a Covid-19”, enfatiza.

MAIS SUGESTÕES

Vale lembrar que a União fica com 70% da arrecadação de impostos e tem maior condição de socorrer a todos. Que os principais países do mundo injetam bilhões e trilhões de dólares em suas economias para assegurar auxílio aos desempregados e crédito para as empresas.

“Infelizmente, o governo brasileiro vive colocando a culpa e a responsabilidade nos governos estaduais e prefeituras, que estão fazendo muito, entretanto se encontram nos seus limites. Por isso, defendemos a manutenção do auxílio emergencial de R$ 600,00. É dinheiro na mão das pessoas que garante o consumo das famílias e dinamiza as vendas no comércio e a economia. É importante abrir linhas de crédito mais facilitadas para micros, pequenas e médias empresas, de todos os bancos públicos e, inclusive, da Desenbahia”, pontua o dirigente.

Ezequiel diz, ainda, o comitê pode avaliar alternativas para funcionamento do comércio, como: dividir horário de funcionamento do comércio de rua e de shoppings, com revezamento de turmas de trabalho; exigir 100% da frota de ônibus nas ruas até o toque de recolher; solicitar ao governo estadual e a prefeitura que facilitem questões tributárias para as empresas.

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