ACM Neto e Bolsonaro: inimigos dos comerciários
A reforma trabalhista, a reforma da Previdência e, agora, a Medida Provisória do programa Verde Amarelo, do governo Bolsonaro, precarizam ainda mais o trabalho e a vida dos trabalhadores. Estão querendo nos tornar profissionais de segunda categoria.
Para nos exigir novas lutas, em Salvador, o presidente conta com o apoio de ACM Neto, que alterou a Lei Oliveira (que estabelecia acordo para a abertura do comércio aos domingos e feriados). Assim, os dois se colocam como inimigos mortais dos comerciários e das comerciárias de Salvador, pois liberam o funcionamento das lojas aos domingos.
A MP do governo federal diz que poderá haver trabalho aos domingos sempre que as empresas decidirem abrir. Garante apenas uma folga, em pelo menos um domingo a cada quatro para os trabalhadores. Também define o trabalho nos feriados. Nos dois casos, as horas trabalhadas nesses dias deverão ser remuneradas em dobro, a não ser que as empresas determinem outro dia de folga compensatória.
Presidente e prefeito mostram que estão ao lado das empresas. Tiram da negociação nas campanhas salariais o papel dos sindicatos de definirem, com os patrões, regras que protegem os trabalhadores e o pagamento desses dias, além de folga, transporte e alimentação.
Dizem que o objetivo é gerar empregos, discurso igualmente enganador quando aprovaram a reforma trabalhista. Mas, o Brasil segue com mais de 12,5 milhões de desempregados. E, com trabalhadores precarizados, seguramente, as empresas brasileiras perderão competitividade e baixarão sua produtividade em relação aos seus concorrentes estrangeiros. Afinal, como as pessoas serão estimuladas a darem o máximo de si no trabalho se estão sem quase direito algum?
Precisamos reagir e iniciar uma luta por um Brasil com desenvolvimento econômico, valorização do trabalho e mais direitos. Não podemos aceitar que transformem os brasileiros e os comerciários em trabalhadores de segunda categoria.