Bancos públicos para retomar o crescimento

Em meio à crise econômica de qualquer País, é o Estado, através especialmente dos bancos públicos, que pode alavancar o crescimento da economia. Só o Banco do Brasil, a Caixa, o BNDES e o BNB podem ofertar crédito de curto e longo prazos – com juros baixos – para ajudar setores que os bancos privados não tem interesse.

São esses bancos que incentivam o desenvolvimento regional em uma Nação ainda tão desigual. Que garantem suporte a programas que atendem micros e pequenas empresas (geradoras de mais de 70% dos empregos no Brasil) e asseguram crédito agrícola para a agricultura familiar (responsável por 70% dos alimentos consumidos pelas famílias brasileiras).

Mas, infelizmente o governo golpista de Michel Temer vai na contramão da história e mudou as taxas de juros cobradas pelo BNDES, igualando sua natureza ao setor financeiro privado. Logicamente, isto inibirá o potencial de investimento da instituição, comprometendo a retomada do crescimento e, por tabela, a geração de empregos e o reaquecimento da economia brasileira. Subservientes ao mercado, Temer e seus aliados mostram sua visão neoliberal, de quem não pensa no presente e no futuro do País. Revelam que não têm um plano de desenvolvimento.

Os grandes economistas afirmam que só os bancos públicos podem construir um projeto nacional de desenvolvimento. Para Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES no governo Lula, a instituição cumpre o relevante papel de indutor do desenvolvimento do Brasil, fornecendo crédito a pequenos produtores e empreendedores, além de financiar projetos de infraestrutura. Tudo isso dinamiza o mercado interno.

Vale lembrar: na crise mundial de 2009, o governo Lula enfrentou o momento difícil ordenando a ampliação da oferta de crédito e a redução dos juros pelos bancos públicos (BNDES, Caixa e Banco do Brasil), o que incentivou a redução de juros pelos bancos privados. Enquanto isso, os golpistas enfraquecem essas empresas públicas com o fechamento de agências e o incentivo às demissões voluntárias.

Se pensam na possível privatização desses bancos, os comerciários de Salvador estão juntos com todos os setores democráticos na defesa dessas instituições.

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