Insegurança no Bela Vista só faz piorar – 3 assaltos em 7 dias

“Os trabalhadores estão sofrendo com assaltos e ameaças de estupros e nós não vamos aceitar o que a administração está impondo. Hoje é dia de protesto e de luta.”, afirmou Jaelson Dourado, presidente do Sindicato.

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

Com a chegada do SAC, aumentou em 3mil o número de pessoas circulando sem que fossem disponibilizadas novas linhas ou ônibus direto para os bairros. Para fugir das longas filas que se formam, os comerciários arriscam suas vidas percorrendo longos caminhos a pé, por vias desertas e sem iluminação, para chegar ao ponto mais próximo.  “Estava subindo e no meio da ladeira dois indivíduos me pararam e botaram a arma na minha cabeça. Tomaram minha bolsa com tudo dentro, dizendo que se não desse eu iria ser morta, iriam me matar. Fui obrigada a dar. Fiquei sem documento, sem nada. Fui falar com a administração do shopping e simplesmente não resolveram nada. Aliás, eles não fazem absolutamente nada por nós. Eu desço a ladeira todo dia, às vezes subo porque não tenho como ir para casa porque não tem ônibus suficientes.”

Ministério Público

Em 2013 o Ministério Público foi acionado e obrigou o centro de compras a assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), em conjunto com a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Semut). De acordo com o TAC, no local deveriam estar circulando 7 ônibus, por hora, da linha Tancredo Neves/Pituba e 8 das linhas Mata Escura/Pituba e Jardim Santo Inácio/Pituba. O documento também previa alterações nos itinerários dos ônibus “amarelinhos” das linhas circulares: Nossa Senhora do Resgate e Alto do Cruzeiro/Pernambués, com 4 veículos operando a primeira linha e 6 a segunda, com intervalo de 15 minutos e acesso ao shopping. Mas, infelizmente, o documento não está sendo cumprido. “É um caos. Tenho que pegar 2 ônibus todos os dias. À noite é pior ainda, perigo constante, vários assaltos nos ônibus”. “Não tem ônibus suficientes e as filas são enormes, temos que esperar muito para sair. Quando saio a tarde subo a ladeira do Cabula para não ter que ir até a rodoviária e pegar engarrafamento”. “Geralmente pego ônibus lá em cima (Cabula) e venho andando. É horrível. Chego atrasada e cansada. Segurança não há.”

*As comerciárias preferiram não se identificar.

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