Seminário de Planejamento da Campanha Salarial 2024 discute novas metas e objetivos para os comerciários
A semana começou com muito entusiasmo e energia na sede do Sindicato dos Comerciários de Salvador, onde teve início o Seminário da Campanha Salarial de 2024. Temas como o aumento real no salário – além da inflação, condições dignas de trabalho, vínculo empregatício e cuidados com a saúde mental no ambiente laboral foram pauta de diálogo durante o primeiro dia do evento que se estende até amanhã, 15.
Além do presidente do sindicato, Renato Ezequiel, fizeram parte da mesa de palestrantes o diretor de formação sindical e mediador do evento, Antônio Fernando, a supervisora técnica do Dieese, Ana Georgina e a presidenta do CTB-BA, Rosa de Sousa.
De acordo com Georgina, o cenário sócio-político-econômico do momento está mais favorável do que nos últimos anos. “O fato de termos fechado o ano de 2023 com uma inflação mais baixa e o comércio estar performando melhor, em alta, são fatores positivos para serem pontuados numa mesa de negociação.”
Já Rosa de Sousa apontou para o que ela chamou de um ambiente de auto-estima para o trabalhador. “Quando o governo Lula diz que sua prioridade é justamente a revogação de algumas leis trabalhistas que foram retirados do trabalhador mostra uma perspectiva bastante positiva para retomarmos as ruas, o diálogo com a sociedade e irmos para uma mesa de negociação mais fortalecidos.”
Diante dessa realidade de crescimento do comércio em Salvador, e do reajuste do salário mínimo em 7,57%, Renato Ezequiel avalia que é justo que o patronado do setor comercial repasse para os comerciários um aumento substancial. “Nossa expectativa é levar para a mesa de negociação uma proposta que cubra a inflação e ainda garanta um ganho real de 5%, perfazendo um aumento de 9% para a nossa classe”.
Para além do reajuste salarial que deve ocorrer na data base do setor comerciário em 1 de março, outras demandas também foram contempladas no seminário, como por exemplo, a saúde mental do trabalhador, o racismo e o preconceito com o público LGBTQIA+.