Seminário sobre desafios da classe trabalhadora encerra atividades de formação da CTB
Seminário sobre desafios da classe trabalhadora encerra atividades de formação da CTB
Durante quatro dias, Salvador foi a capital da formação classista da CTB Brasil. Sindicalistas de todo o Brasil enriqueceram seus conhecimentos com várias aulas do Curso Nacional de Formação e no seminário encerrado nesta quinta-feira (21), que tratou dos desafios da classe trabalhadora na construção do novo Brasil. Além do secretário de Relações Internacionais da Central, Nivaldo Santana, o evento contou as participações das deputadas federais Alice Portugal (PCdoB) e Lídice da Mata (PSB).
“A trajetória da CTB combinou a análise crítica da realidade brasileira, firmeza na ação política e ações de formação dos seus dirigentes. Certamente, isso fez a nossa Central a segunda mais representativa do País. O curso e o seminário fazem parte do nosso plano estratégico, que vão se somar a outras atividades. A formação é peça importante para nossa ação política para ajudar a construir um novo projeto nacional de desenvolvimento para o Brasil, atuando com autonomia para que o governo Lula tenha sucesso”, disse o presidente da nacional da entidade, Adilson Araújo.
Segundo a presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza, os debates contribuíram para aprimorar o conhecimento dos dirigentes. “A formação nos prepara melhor para conduzir as lutas em nossas categorias com mais força. A Bahia se sente feliz em ter recebido essas atividades da Direção Nacional e irradiar sua energia transformadora para contribuir com a nossa Central”, afirmou.
Para a coordenadora da CTB Regional Sul, Amanda Santos, as atividades produziram um processo rico de construção do conhecimento coletivo dos classistas. “Nos preparam para essa grande tarefa de construir um Brasil justo, soberando e democrático. Nossa Central dá exemplo de como preparar seus dirigentes para a lutas sociais e políticas”, destacou.
NOVO MOMENTO DO BRASIL
Em sua intervenção, Nivaldo Santana ressaltou que a grande tarefa dos classistas e de todo movimento sindical é contribuir para o êxito do governo Lula. “Para não permitir o retorno ao poder da extrema-direita. “Fazemos um balanço positivo desse primeiro ano do governo, pois restaurou a democracia (melhorando o cenário para as lutas sociais); estabeleceu diálogos com setores da sociedade; assegurou a valorização do salário mínimo e a lei da igualdade salarial entre homens e mulheres; retomou milhares de obras paradas; o além de controlar a inflação e garantir o crescimento do PIB”, pontuou.
egundo o dirigente, o governo busca “driblar” entraves neoliberais que foram implantados no Estado brasileiro. “Temos um presidente avançado, mas um Congresso conservador e vários governadores do campo da direita, o que torna as mudanças ainda mais difíceis e desafiadoras para o sindicalismo e a classe trabalhadora. Nosso papel ficou ainda mais importante”, enfatizou.
O representante da SSCB, Vicente Selistre, destacou a amplitude da CTB. “Temos uma Central com visão ampla, democrática e combativa, que nos coloca na linha de frente para ajudar a mudar o Brasil. A SSCB atua na CTB contribuindo para o seu fortalecimento e do sindicalismo classista”, disse.
SETRE E PARLAMENTARES
O secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães, fez uma breve saudação aos participantes, destacando a importância da formação dos dirigentes sindicais. Para o vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), é importante o movimento disputar a agenda econômica e política na sociedade. “Temos que mobilizar muito o nosso povo e os trabalhadores para garantir os avanços que precisamos”, frisou.
Lídice da Mata reforçou a necessidade de se trabalhar para que os trabalhadores e a sociedade reconheçam a importância da democracia. “Temos que mostrar que já temos algo novo e melhor para o povo com o governo Lula, com muitos números positivos mostrados por Nivaldo Santana. Vemos a extrema-direita se fortalecendo na sociedade, exigindo mais ação dos movimentos sociais. Força à CTB para nos ajudar a unificar a classe trabalhadora e o povo na luta por um novo Brasil”, ponderou.
Segundo Alice Portugal, com o governo Lula é o momento do debate sobre a preservação da democracia e resgate de direitos. “Foi um erro histórico do nosso povo eleger um ‘filho da ditadura’, que destruiu políticas públicas importantes. Agora, é reconstruir o que foi destruído. Com esse Congresso atual, precisamos do movimento sindical ainda mais forte para avançarmos, combinando bem o binômio unidade e luta”, enfatizou.