Dia Internacional da Mulher

Dia Internacional da Mulher
Marcha convoca mulheres para protestar e reivindicar direitos amanhã, 08 de março

Da redação

Mulheres vivas, na política, em defesa da democracia e da paz. Esse é o tema que será levado às ruas amanhã, 08, pela marcha das mulheres, convocada pela União Brasileira de Mulheres – UBM Bahia. A caminhada irá sair do Campo Grande, às 13h e deverá reunir mulheres classistas de diversas entidades e representações políticas.

Para a secretaria de gênero, raça e etnia do Sindicato dos Comerciários de Salvador, Rubiraci Almeida – “Cherry”, a diferença salarial ainda pesa contra a valorização e consolidação da mulher no mercado de trabalho. “Representamos 52% da categoria comerciária na nossa capital, mas quando ocupamos espaços de poder ainda recebemos menos que os homens. A maioria das mulheres negras não ocupam cargos de chefia, por exemplo. O comerciário precisa entender que a comerciária é tão importante quanto ele”, pontuou.

Cherry também levantou outras questões que permeiam a luta da mulher por direitos iguais, como a disponibilidade de creches e acessibilidade com segurança, principalmente no retorno para casa. “Quando falamos do comércio de Salvador estamos falando do terceiro maior comércio do país e o primeiro do norte-nordeste. Quem move o comércio da cidade somos nós mulheres, já que somos a maioria. Então precisamos valorizar essas mulheres, respeitar e garantir o direito a vida e de ir e vir de cada uma delas”.

Entenda como surgiu o 8 de março

Uma primeira história que ficou muito conhecida como fundadora desse dia narra que, em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas em um incêndio ocorrido nas instalações de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York. Supostamente, esse incêndio teria sido intencional, causado pelo proprietário da fábrica, como forma de repressão extrema às greves e levantes das operárias, por isso teria trancado suas funcionárias na fábrica e ateado fogo nelas. Essa história, contudo, é falsa e, por isso, o 8 de março não está ligado a ela.

Existe, no entanto, outra história que remonta a um incêndio que de fato aconteceu em Nova York, no dia 25 de março de 1911. Esse incêndio aconteceu na Triangle Shirtwaist Company e vitimou 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, sendo a maioria dos mortos judeus. Essa história é considerada um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres.”

Alguns anos mais tarde, quando o mundo voltou os olhos para a Europa na Primeira Guerra Mundial, as mulheres aprofundaram a luta por direitos igualitários. Exaustas pela rotina dentro de casa e no trabalho, em uma qualidade de vida subjugada pelo gênero e assolada pelos anos da guerra, um grupo de mulheres russas passou a questionar sua função na nova sociedade que nascia em 1917, no estopim da Revolução Russa. E elas colocaram esse questionamento em voz alta.

No dia 8 de março de 1917, milhares de russas se reuniram em uma passeata pedindo os direitos para o gênero feminino, bem como o fim da guerra e do desemprego. Assim, nos anos seguintes, o Dia das Mulheres continuou a ser celebrado naquela data pelo movimento socialista, na Rússia e nos demais países do bloco soviético.

Décadas mais tarde, a luta feminista seguiu ativa, cada vez mais forte e presente: o direito ao voto se consolidou, as leis cresceram e se adequaram, assim como a sociedade como um foto. Mas foi só em 1975, no entanto, que a ONU reconheceu a data  como uma celebração dos direitos do gênero feminino e estabeleceu, então, que o dia 8 de março seria o Dia Internacional das Mulheres.

Hoje, o evento é comemorado por mais de 100 países como um momento dedicado à luta pela igualdade de gênero, para celebrar as conquistas, cobrar direitos e relembrar as mulheres que foram vítimas de violência.

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