Seminário planeja ações nos supermercados em 2021

No último final de semana, os dirigentes do SintraSuper (comerciários de supermercados) realizaram o seu seminário de planejamento para o ano de 2021.

Conduzido pela diretora de Formação Sindical, Dalva Leite, o encontro analisou a conjuntura política e tratou de organizar as ações da entidade para a campanha salarial e as lutas que estão previstas nesse ano. Participaram, também, dirigentes do Sindicato dos Comerciários.

“Todo ano realizamos essa atividade para organizar a luta dos trabalhadores e trabalhadoras de supermercados. Temos grandes desafios como a campanha salarial, um campanha pela vacinação da categoria e as ações que serão desenvolvidas pelas centrais contra o governo Bolsonaro”, explicou a presidenta do Sindicato, Rosa de Souza.

Para o presidente do Sindicato dos Comerciários, Renato Ezequiel, “as duas entidades estarão juntas nas atividades que acontecerão no comércio e nos eventos convocados pelas centrais”.

DESAFIOS DA CLASSE

O seminário contou com a participação de palestrantes, como Pascoal Carneiro, presidente da CTB Bahia; Marcos Verlaine, assessor do Diap; Altarmiro Borges, do Instituto Barão de Itararé, e Ana Georgina, coordenadora técnica do Dieese.

“Apesar das dificuldades, temos um um horizonte de oportunidades para mudar essa situação e impedir mais ataques desse governo contra os trabalhadores. Precisamos melhorar nossa organização no local de trabalho e as finanças das entidades; ações solidárias entre os sindicatos; formar novas lideranças e ampliar a comunicação com as bases”, pontuou Carneiro, que falou sobre os desafios da classe trabalhadora.

Ao tratar da conjuntura, Marcos Verlaine destacou pontos que o movimento sindical deve atentar: eleições da Câmara e do Senado; desdobramento das crise política e econômica; manutenção do auxílio emergencial; reformas sindical, tributária, administrativa e trabalhista; teto de gastos e eleições 2022.

PANDEMIA, ECONOMIA E NEGOCIAÇÕES

O impacto da pandemia no mundo do trabalho foi abordado por Altamiro Borges, destacando: A crise sanitária agravou a situação dos trabalhadores; há maior agressividade dos empresários e políticos para retirar direitos; as medidas do governo apenas desmontaram a proteção social de quem mais precisa.

Segundo ele, para o movimento sindical mudar isso deve ser mais unitário, solidário e reforçar trabalho na base. “É essencial definir bem as bandeiras de luta, que hoje são: vacinação ampla, manutenção do auxílio emergencial, emprego e ‘fora, Bolsonaro’”, enfatizou.

Ana Georgina afirmou que é um cenário desafiador para sindicatos e trabalhadores, especialmente dos supermercados. “Mesmo na crise, o setor ficou aberto, aumentou as vendas pela internet. As negociações se darão em patamar melhor, sendo que a inflação da data-base março está projetada em 5,20%”, destacou.

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