Vergonha: Prefeito orienta e seus deputados salvam Temer

Enquanto as últimas pesquisas mostram que o presidente golpista Michel Temer tem o repúdio da população (sua popularidade não passa de 5%, e em algumas regiões do Nordeste, apenas 1%), políticos baianos liderados e orientados pelo prefeito ACM Neto (DEM) votaram na contramão da história. José Carlos Aleluia, Elmar Nascimento, Paulo Azi e Cláudio Cajado votaram SIM ao relatório que impede o prosseguimento das investigações sobre a corrupção praticada por Temer.

Mais vergonhosa foi a lista dos argumentos dos que votaram na mesma linha: Em defesa da economia, da estabilidade política, dos empregos e das reformas que são repudiadas pelo povo e pelos trabalhadores brasileiros. Ou seja, muitos que foram eleitos para representar o conjunto da população, desconsideraram a vontade dela, expressa em todas as consultas públicas realizadas.

Como falar em estabilidade política, se a diferença “vencedora” foi de apenas 36 votos? Foram 263 votos pelo SIM a Temer e 227 pelo NÃO, com duas abstenções e 19 ausências. Como argumentar a defessa da economia se o próprio governo aumentou impostos e quer ampliar o deficit das contas públicas (quando prometeu reduzi-lo a cada ano)? Como falar pelo emprego se essa política intensifica a recessão, não privilegia a produção e faz o desemprego atingir 14 milhões de pessoas? Como exaltar reformas que vão precarizar ainda mais o trabalho e a vida dos trabalhadores e trabalhadoras?

Precisamos refletir sobre a realidade concreta, desprezada pelos que salvaram Temer. O que vemos é queda dos investimentos, retração do consumo, maior endividamento das famílias, ataque aos direitos trabalhistas e sociais.

Tudo isso vem associado ao aumento da corrupção pelo próprio governo, que comprou votos com a liberação de emendas parlamentares para atingir o objetivo que se concretizou na votação de ontem (2/8): se salvar da denúncia.

Os comerciários se juntam à indignação do povo brasileiro e seguirão apoiando as centrais sindicais e a Frente Brasil Popular nos atos contra esse governo ilegítimo e sua política nefasta.

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