Sindicato inicia projeto de saúde mental no Center Lapa
Uma explanação do psicólogo Tony Lacerda e uma boa conversa com comerciários do Center Lapa iniciaram o projeto do nosso Sindicato, “Saúde mental: um direito de todos”. O evento aconteceu nesta terça-feira (31), na sede da associação dos lojistas.
Na abertura, a vice-presidenta do Sindicato, Rosemeire Correia explicou que o objetivo é contribuir para a categoria enfrentar casos de angústia, ansiedade e, até, depressão na sociedade e no trabalho. “Percebemos um grande número de pessoas afastadas das empresas por algum desses problemas. A empresa é cobrada pela concorrência e cobra resultados dos gerentes e dos funcionários. E todos se cobram para atingir metas, desencadeando problemas de ordem psicológica”, frisou.
A dirigente ressaltou que a atividade no Center Lapa é o ponto de partida do projeto. “Vamos seguir solicitando espaços nos shoppings e empresas para fazer esse tipo de trabalho com nossa categoria. Também teremos atendimento no sindicato, que faz lutas e, também, se preocupa com a nossa saúde”, afirmou.
Secretária de Saúde do Sindicato, Sara Pereira destacou que a entidade está atenta aos problemas enfrentados pelos comerciários e as comerciárias. “Temos realizado vários convênios na área de saúde para atender a categoria e vamos desenvolver outras ações que tragam mais qualidade de vida para quem trabalha no comércio”, destacou. Também participaram da atividade os diretores Antônio Fernando e Armando Santana, além da diretora Angélica Romão.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E ASSÉDIO MORAL
O psicólogo Tony Lacerda falou da importância de se trabalhar a inteligência emocional para enfrentar o assédio moral e outras situações ruins. “Nosso problemas têm sempre causas múltiplas. É importante controlar as emoções diante deles e a inteligência emocional é gerir os sentimentos de forma correta em cada momento”, enfatizou.
Lacerda disse que é importante observar os sinais de que algo não está normal e entender o que está causando o sofrimento. “Isso não é para nos paralisar, mas para nos fazer reagir e enfrentar o problema. É importante cuidar da saúde mental para trabalhar melhor”, afirmou.
Durante a conversa, vários participantes lembraram de situações vividas nas lojas. “Empresas cobram empatia e atendimento humanizado dos funcionários com os clientes, mas não têm empatia com seus colaboradores”, pontuou Fernando. Uma trabalhadora presente lembrou da atitude de um cliente: “Ele fez vários funcionários pegarem roupas, sapatos e camisas. Experimentou e disse que ficaria com os produtos, mas saiu dizendo que pegaria o cartão no carro. Criamos uma expectativa de fazer uma boa venda e bater a meta da loja. Ele não voltou e causou grande frustração nos vendedores que fizeram o atendimento”.