Saída da Panasonic e outras gigantes mostram Brasil desprestigiado
Depois das grandes empresas automobilísticas anunciarem suas saídas do Brasil, a Sony fez o mesmo em março e, agora, a Panasonic confirma que vai deixar de fabricar suas TVs e produtos de áudio, em Manaus, até o fim deste ano. Segundo o Globo, a multinacional japonesa informou que o encerramento dessas atividades segue uma estratégia global, com foco na sustentabilidade do negócio.
Mas, será mantida a atividade com as linhas de micro-ondas, produtos automotivos e componentes eletrônicos. A Panasonic tem fábrica em Minas Gerais, onde produz máquinas de lavar e refrigeradores, em São José dos Campos (SP), com fabricação de pilhas de zinco e alcalinas.
Para o economista-chefe do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) Rafael Cagnin, os problemas que assustam investidores são anteriores à pandemia. “O Brasil dá sinais de crescimento pífio, com muitos problemas sociais agravados pela pandemia”, disse ao jornal Folha de S.Paulo em maio.
De 2017 a 2019, o País teve média anual de crescimento inferior a 1,5%. Cagnin lembra que várias das empresas que deixaram o Brasil estão diante de um choque de novas tecnologias. “São obrigadas a se transformar, precisando de locais mais estruturados para promover seus avanços. Países com vacinação mais eficiente, que oferecem pacotes de recuperação baseados em economia verde, caso dos Estados Unidos, são muito mais atraentes”, explicou.
Para o economista, outro problema deixado pelo governo Bolsonaro foi o menor poder de consumo das classes mais pobres.
Com informações do Bahia Notícias e Folha de S.Paulo