Decisão de Sérgio Moro abre precedente perigoso
Por quê será que não vimos aqueles “panelaços” de setores da direita após a condenação do ex-presidente Lula pelo “juiz-político-tucano” Sérgio Moro? Seguramente, porque grande parte da sociedade já percebeu o jogo político estabelecido na “lava jato” com a condução de Moro.
As pessoas começaram a ligar os pontos das suas atitudes. Como mandar prender Lula em uma condução coercitiva ilegal. Como destilar arrogância ao afirmar que poderia cassar a palavra da defesa do petista. Como permitir a divulgação de grampos ilegais envolvendo o ex-presidente. Como a atitude de “PopStar” ao gravar vídeo pedindo para quem apoiasse a “lava-jato” não fosse à Curitiba no dia do depoimento de Lula.
Moro tinha que condenar o ex-presidente para não se desmoralizar diante do cenário que criou. Mas, sua condução em todo o processo e, especialmente, na sentença dada abre um precedente perigoso contra o Estado Democrático de Direito, que deve garantir o respeito das liberdades civis e das garantias fundamentais.
O perigo agora é a Justiça condenar alguém sem provas concretas, mas por convicções a partir apenas de declarações de pessoas. Vale lembrar que o instrumento da deleção exige provas concretas por parte dos delatores, o que não aconteceu no caso do triplex.
Nas ações de Moro ficaram escancaradas a manipulação de sentenças e a diferença entre a delação e a prova concreta. Tudo isto começou a gerar questionamento dos métodos da “lava jato” e de Sérgio Moro.
Segundo a defesa de Lula, “o juiz desprezou as provas de inocência do ex-presidente para condená-lo no caso triplex. De um total de 962 parágrafos que compõem a sentença, Moro dedicou apenas 5 para rebater, de forma superficial, todo o material que indica que o apartamento no Guarujá jamais poderia ser liberado para uso sem que um pagamento fosse feito à Caixa Econômica Federal, que detém o direito do imóvel há 9 anos.”
Todos os atos de Moro e a sentença final revelaram um juiz parcial e que atuou politicamente, colocando o Judiciário em uma “saia justa”. Que as instâncias superiores resgatem o papel verdadeiramente imparcial que deve ter a Justiça e, principalmente, os juízes.
Os comerciários estarão juntos com a Frente Brasil Popular e as centrais sindicais na luta contra fatos como este e por um Brasil melhor para todos.